quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Onde foram parar os ideais?

Sempre foi característica dos jovens o entusiasmo e a vontade de mudança. Em vários momentos históricos, a juventude esteve à frente da construção de um mundo mais humano e feliz. Mas, com todo o esvaziamento de ideais que se deu no século XX, o que restou para muitos foram a alienação e o consumismo. Por incrível que pareça, o sentido da humanidade passou a ser o dinheiro e o consumo! Para preencher o vazio existencial, consome-se em excesso. Graças à tecnologia, uma quantidade imensa de bens materiais está a nossa disposição. Entretanto, comprar e consumir não satisfaz a busca do ser humano por um sentido.
As pessoas ganham dinheiro e consomem (pelo menos as que não são excluídas desse mecanismo injusto), mas nunca houve tanta solidão, insatisfação e infelicidade. É claro que há um consumo necessário á vida, mas a sociedade atual criou muitas necessidades que, no fundo, são dispensáveis.

Os ideais que fazem sentido

Sobre o sentido da vida, o físico Albert Einstein escreveu: Tem um sentido a minha vida? A vida de um homem tem sentido? Posso responder a tais perguntas se tenho espírito religioso. Mas, “fazer tais perguntas tem sentido?” Respondo: “Aquele que considera sua vida e a dos outros sem sentido é fundamentalmente infeliz, pois não tem motivo algum para viver” (Albert Einstein. Como vejo o mundo. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1981).
Do ponto de vista das religiões, o ser humano se esqueceu de que a felicidade está num mundo mais fraterno e não apenas no consumo obsessivo de bens materiais. Na verdade a vida nada mais é do que o amor a Deus ou a um ser superior, o cultivo de si mesmo e a bondade para com todas as criaturas. Somente quando nos harmonizarmos espiritualmente, a felicidade habitará nosso coração. Quando isso acontecer, conseguiremos construir o sonhado mundo de justiça, solidariedade e amor. Também para Sócrates o sentido da vida está na busca da divindade, no autoconhecimento e na bondade.
Para a maioria das religiões, o sentido da vida não está em ter determinadas coisas, mas em ser melhor e mais humano. Quais são os nossos ideais? O que buscamos construir na vida? O que fazemos por nossos semelhantes? Como buscamos Deus? Como assumimos nossa responsabilidade diante do mundo? O que somos na verdade?Recuperar os ideais do amor. De cuidado para a humanidade e a natureza, de paz e justiça, de fraternidade e liberdade é tarefa que cabe a todos Minimizar a dores do próximo e as misérias humanas, lutar por um mundo mais feliz. Assumir nossas responsabilidades para com Deus e a humanidade são os verdadeiros antídotos para os males humanos e a sensação de vazio que toma conta dos que perderam o sentido da vida. Referência Bibliografica: (INCONTRI, Dora; BIGUETO, Alessandro C. Todos os jeitos de crer: ensino inter-religioso. São Paulo: Ática, 2005.)
Atividades:
1- Responda as seguintes questões:
a) Baseando-se nas afirmações presentes neste texto, bem como nas informações contidas no texto "Qual é o sentido da vida? (lido em sala de aula)", pergunta-se: como podemos explicar o aumento do indice de depressão e angústia em meio a tantos benefícios provenientes desse forte desenvolvimento científico e tecnológico ocorrido nos últimos anos?
b) Na sua opinião, a forma como os jovens estão buscando sentido para suas está contribuindo para o aumento da violência? Justifique.