[1] Diego Bechi (diego_bechi@yahoo.com.br)
Professor de Filosofia
O presente texto pretende investigar um dos requisitos necessários para que o educador consiga desenvolver uma prática pedagógica ética. Será defendido neste texto a idéia de que o processo pedagógico, para ser ético, deve estar ancorado em uma metodologia democrática. Essa prática torna-se ética devido à liberdade dada ao aluno para que ele encontre por si mesmo respostas aos problemas a serem resolvidos, possibilitando-lhe o desenvolvimento de uma postura crítica e autônoma, dentro e fora da escola.
Nessa perspectiva, mesmo havendo uma certa diferença de papéis entre educador e educando, onde o primeiro possui de forma instituída poder em relação ao segundo, os educadores não devem se apresentar em sala de aula como autoridade incontestável, detentor de todo o conhecimento. O fato de o professor possuir maior autoridade em relação a seu aluno, não quer dizer que deva exercer sua função de forma autoritária. Ele deve respeitar a liberdade e a dignidade de seus alunos. A prática pedagógica deve ser integradora e libertadora rumo ao progresso e realização do homem. Assim, a educação torna-se também um ato político, pois, nesta perspectiva, o trabalho educativo é essencialmente político quando é transformador.
Tendo em vista isso, há a necessidade de se estabelecer um processo dialógico em sala de aula, pois é por meio de uma prática dialógica que será possível desenvolver nos participantes a capacidade de posicionar-se criticamente diante das exigências da sociedade atual. Essa, por sua vez, vem permeada de acontecimentos e informações, na maioria das vezes disseminadas pela mídia, as quais buscam iludir e direcionar os sujeitos a um determinado fim. Com o poder exercido pelos meio meios de comunicação, somados à grande facilidade em receber informações referentes aos diferentes campos do saber, muitas pessoas estão tornando-se incapazes de refletir sobre os fatos que as cercam. Num contexto como esse, as pessoas ficam à mercê de ideologias que, de alguma forma, vêm a torná-las alienadas e submissas à suas forma de pensar e aos seus interesses.
Para isso, é necessário superar o senso comum, onde as informações são automaticamente assimiladas pelo sujeito, assumindo uma postura crítica e reflexiva sobre as mesmas. Em vista disso, a educação deve ajudar o aluno a compreender as artimanhas dos discursos enganadores. Os sujeitos devem ser capacitados para que possam questionar e interagir criticamente com os acontecimentos e informações deparadas no dia-a-dia. Contudo, os educandos não devem ser vistos como meros receptores de informações, e sim como agentes ativos na construção de seus próprios conhecimentos.
A educação é, neste caso, condição para o desabrochar das potencialidades dos sujeitos, desenvolvendo, nos mesmos, capacidade que cada homem ter de buscar ser mais. Isto é, de reconhecerem-se como homens em sua vocação ontológica e histórica de humanização. Reconhecer que seus conhecimentos e o dos outros não são auto-suficientes e únicos, que é preciso deixar de aceitar tudo de forma passiva como verdadeiro, tornando-se mais crítico e reflexivo em relação aos problemas que o envolvem.
No processo pedagógico, tem-se a educação como um ato político que deve ser necessariamente humanizador, e isso somente é possível por meio de uma prática pedagógica democrática. A educação baseada apenas na memorização de conteúdos não prepara os alunos para serem sujeitos ativos no mundo, mas o transforma em mero espectador ou imitador desse. Ela não sujeita ao educando a possibilidade de criar, construir, admirar e aventurar-se. Porém, num processo democrático, desenvolvido por meio de uma prática dialógica, os alunos possuem liberdade e são instigados a se expressar, criticar, problematizar e comparar opiniões, desenvolvendo neles a capacidade de pensar por si mesmos. Essa metodologia ao ser executada, além de resultar em um ato político, pois direciona o sujeito à sua humanização, também dispõe de uma formação ética por parte do professor.
Professor de Filosofia
O presente texto pretende investigar um dos requisitos necessários para que o educador consiga desenvolver uma prática pedagógica ética. Será defendido neste texto a idéia de que o processo pedagógico, para ser ético, deve estar ancorado em uma metodologia democrática. Essa prática torna-se ética devido à liberdade dada ao aluno para que ele encontre por si mesmo respostas aos problemas a serem resolvidos, possibilitando-lhe o desenvolvimento de uma postura crítica e autônoma, dentro e fora da escola.
Nessa perspectiva, mesmo havendo uma certa diferença de papéis entre educador e educando, onde o primeiro possui de forma instituída poder em relação ao segundo, os educadores não devem se apresentar em sala de aula como autoridade incontestável, detentor de todo o conhecimento. O fato de o professor possuir maior autoridade em relação a seu aluno, não quer dizer que deva exercer sua função de forma autoritária. Ele deve respeitar a liberdade e a dignidade de seus alunos. A prática pedagógica deve ser integradora e libertadora rumo ao progresso e realização do homem. Assim, a educação torna-se também um ato político, pois, nesta perspectiva, o trabalho educativo é essencialmente político quando é transformador.
Tendo em vista isso, há a necessidade de se estabelecer um processo dialógico em sala de aula, pois é por meio de uma prática dialógica que será possível desenvolver nos participantes a capacidade de posicionar-se criticamente diante das exigências da sociedade atual. Essa, por sua vez, vem permeada de acontecimentos e informações, na maioria das vezes disseminadas pela mídia, as quais buscam iludir e direcionar os sujeitos a um determinado fim. Com o poder exercido pelos meio meios de comunicação, somados à grande facilidade em receber informações referentes aos diferentes campos do saber, muitas pessoas estão tornando-se incapazes de refletir sobre os fatos que as cercam. Num contexto como esse, as pessoas ficam à mercê de ideologias que, de alguma forma, vêm a torná-las alienadas e submissas à suas forma de pensar e aos seus interesses.
Para isso, é necessário superar o senso comum, onde as informações são automaticamente assimiladas pelo sujeito, assumindo uma postura crítica e reflexiva sobre as mesmas. Em vista disso, a educação deve ajudar o aluno a compreender as artimanhas dos discursos enganadores. Os sujeitos devem ser capacitados para que possam questionar e interagir criticamente com os acontecimentos e informações deparadas no dia-a-dia. Contudo, os educandos não devem ser vistos como meros receptores de informações, e sim como agentes ativos na construção de seus próprios conhecimentos.
A educação é, neste caso, condição para o desabrochar das potencialidades dos sujeitos, desenvolvendo, nos mesmos, capacidade que cada homem ter de buscar ser mais. Isto é, de reconhecerem-se como homens em sua vocação ontológica e histórica de humanização. Reconhecer que seus conhecimentos e o dos outros não são auto-suficientes e únicos, que é preciso deixar de aceitar tudo de forma passiva como verdadeiro, tornando-se mais crítico e reflexivo em relação aos problemas que o envolvem.
No processo pedagógico, tem-se a educação como um ato político que deve ser necessariamente humanizador, e isso somente é possível por meio de uma prática pedagógica democrática. A educação baseada apenas na memorização de conteúdos não prepara os alunos para serem sujeitos ativos no mundo, mas o transforma em mero espectador ou imitador desse. Ela não sujeita ao educando a possibilidade de criar, construir, admirar e aventurar-se. Porém, num processo democrático, desenvolvido por meio de uma prática dialógica, os alunos possuem liberdade e são instigados a se expressar, criticar, problematizar e comparar opiniões, desenvolvendo neles a capacidade de pensar por si mesmos. Essa metodologia ao ser executada, além de resultar em um ato político, pois direciona o sujeito à sua humanização, também dispõe de uma formação ética por parte do professor.
[1] Resumo do artigo proferido por Diego Bechi no CONGRESSO INTERNACIONAL DE FILOSOFIA: DEBATES DE IDÉIAS E CIDADANIA, no VIII SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO SOBRE ENSINO DE FILOSOFIA: FILOSOFIA, FORMAÇÃO DOCENTE E CIDADANIA e no X ENCONTRO DE CURSOS DE FILOSOFIA DO SUL DO BRASIL, realizado no período de 14 a 16 de maio de 2008 em Caxias do Sul.
oi eu queria uma ajuda para faser um slaide sobre o livro O Mundo Sofia os capitulos são Atens,platão e a cabana do major poderia me ajudar mandando o slaide para o meu email.
ResponderExcluirobrigada
luankarla@yahoo.com.br